SENAI e Cooperação Brasil-Alemanha trabalham juntos pela criação do primeiro Centro de Excelência em Hidrogênio Verde do Brasil
A Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI), com apoio do Ministério de Minas e Energia (MME) assinaram hoje um acordo pioneiro para a criação do primeiro Centro de Excelência em Hidrogênio Verde na cidade de Natal (RN) e mais cinco hubs regionais de educação e treinamento no Ceará, Paraná, na Bahia, em São Paulo e Santa Catarina.
Com investimento de cerca de R$ 14 milhões até 2023, a Cooperação Técnica Alemã fortalece a posição do SENAI como fornecedor de educação profissional voltado para a economia de hidrogênio verde (H2V). Os recursos serão destinados à promoção de conhecimentos, por meio do treinamento de multiplicadores e do desenvolvimento de laboratórios. Com a parceria, o SENAI vai oferecer formação profissional em relação as bases técnicas de produção, armazenamento, transporte e aplicação do hidrogênio verde por meio de cursos profissionalizantes, capacitações técnicas, especializações e intercâmbio de conhecimento entre especialistas do Brasil e da Alemanha.
O investimento faz parte do projeto H2Brasil da GIZ, uma parceria entre os governos do Brasil e da Alemanha para apoiar a expansão do mercado de hidrogênio verde e seus derivados no país. A ideia é que o projeto garanta a estrutura necessária para a produção experimental de hidrogênio verde, que tem se mostrado uma alternativa sustentável fundamental na descarbonização da indústria, principalmente em áreas como transporte aéreo e naval, produção de fertilizantes, além da metalurgia e produção de cimento e aço.
“A participação das energias renováveis na matriz energética brasileira vem aumentando a cada ano e a tendência é que esse número cresça ao mesmo tempo em que os custos de produção baixem. Esse cenário positivo comprova que o Brasil tem potencial para se tornar referência na produção de hidrogênio verde e um dos principais países exportadores do produto”, explica Markus Francke, diretor do Projeto H2Brasil, da GIZ.
Para Francke, a parceria com o SENAI, na criação de um Centro de Excelência e outros cinco hubs regionais de educação e treinamento, é essencial para a evolução futura do mercado interno de H2V e seus derivados no Brasil assim como para fortalecer seu papel como promissor exportador. “Esses hubs localizados de norte a sul demonstram a capacidade do país de investir na capacitação profissional e no treinamento de novos profissionais para essa área promissora. Só na Europa, por exemplo, associações industriais e empresariais estimam que até um milhão de empregos serão criados na cadeia de valor do H2V até 2030.”
Segundo o superintendente de Negócios Internacionais do SENAI, Frederico Lamego, a instituição está apoiando a indústria brasileira na transição para uma economia de baixo carbono e para tornar o país ainda mais competitivo em energia renovável. “Hoje a demanda pelo hidrogênio verde é mais forte no exterior, sobretudo, na Europa. Ao desenvolvermos essa competência dentro do país podemos impulsionar também a demanda interna pela tecnologia ao tornar seu preço mais competitivo”, destaca Lamego.
O H2V e a Cooperação Brasil-Alemanha
A Cooperação Brasil-Alemanha para o desenvolvimento sustentável trabalha há décadas nas áreas de energia sustentável e eficiência energética. Mais recentemente, vem apoiando o aprimoramento das condições legais, institucionais e tecnológicas para a expansão do mercado de hidrogênio verde (H2V) no país. Nos próximos anos, em parceria com o Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), serão implementadas ações para a construção de laboratórios, desenvolvimento de novas tecnologias, fomento ao desenvolvimento e financiamento de ideias inovadores e projetos tecnológicos, construção de laboratórios, estudos, educação profissional e capacitação na área do hidrogênio verde.